Desordens do progresso

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A PRAÇA DO GUSMÃO NÃO DORME

Não é a crise financeira mundial afetando diretamente o sono dos moradores do bairro Dr. Gusmão; mas se analisarmos profundamente, o problema da violência e do tráfico envolvendo os jovens e muitas crianças, tem que ver com ela.

Não se abate sobre os jovens do Gusmão com tamanha violência tal qual o crack tem vitimado dezenas deles, mas o problema da segurança energética tem a ver de certa forma com o que os afeta e sobressalta pais e vizinhos na pracinha daquela cidade do extremo sul da Bahia.

A cadeia sucessória dos problemas do capitalismo virulento; a cadeia produtiva da miséria e desequilíbrio ambiental, a guerra de Bush contra o Iraque e o abismo que se amplia na Amazônia, tem que ver com a falta de alternativas e de horizonte dos jovens e crianças no Bairro Dr. Gusmão.

Na praça dr. Gusmão sucessivos crimes entre os patrocinadores da droga e do tráfico tem acontecido, ceifando vidas de meninos entre os 13 a 18 anos. Não é somente naquele bairro, mas em vários lugares da cidade a cada semana contamos os mortos ou nos surpreendemos com os numero de meninos e meninas envolvidos com as drogas. Em sua maioria, jovens pobres na linha de frente do crime e da violência.

Na pracinha do Gusmão a movimentação é intensa todas as noites e dias, 24 horas de compradores que chegam e fornecedores que sutilmente passam a droga, o crack é a principal delas.

Ninguém faz nada.

Nem a policia, nem as autoridades do legislativo ou executivo. A comunidade fica assustada. E lamentavelmente muitos pais vêem seus filhos se lançarem num mundo sem volta. Enquanto isso, em alguns lugares do mundo, a preocupação é a queda no índice dos lucros da especulação financeira.

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