Cultura, inclusão social e direitos autorais…

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Sabemos que a discussão que gira em torno destes três pontos é muito grande, mas… é possível estabelecer um ponto de equilíbrio?

Limitamos o acesso à cultura à medida em que a mesma é explorada com fins lucrativos. Isso é um fato. A industria cultural cobra cada vez mais pelo acesso a obras musicais (CDs, DVDs, shows, etc), obras literárias, teatro e quaisquer outras manifestações artísticas. Paralelamente a isto, temos movimentos que insistem em abrir as portas de teatros e cinemas a preço de custo, além de realizarem ações em praça pública de forma a garantir um conteúdo cultural acessível a todas as classes sociais. Qual das duas correntes está seguindo o caminho correto?

É difícil (senão impossível) estabelecer limites entre o certo e o errado nestas situações, mas é de extrema necessidade tomar uma posição. Ainda assim, não se pode ser radical, é preciso abrir espaço para todos e, claro, sempre sem radicalismo. Li um texto muito interessante que trata desta questão e questiona “se é justo lucrar com a cultura”. Como o autor bem lembrou, é possível lucrar com a cultura sem cobrar diretamente pelo material cultural, o que permite o acesso a este a todos. Eu acredito que essa é a forma mais interessante de se trabalhar.

Divulgando suas músicas gratuitamente, as bandas, por exemplo, ganham uma força de marca incontestável. Assim, eles garantem o público nos shows e lucram também contratos de marketing diversos, como propagandas de rádio e tv. O mesmo acontece com movimentos de software livre (alguém aqui paga para acessar sua conta do gmail?). Mesmo não cobrando diretamente de seus clientes por seus serviços prestados, a Google é hoje uma das maiores e mais milionárias empresas do mundo; superando inclusive a Microsoft, que trabalha de maneira contrária.

Como o autor do texto acima citado comentou, hoje podemos fazer três escolhas (adaptado):
– Ser mais tolerante com a cópia de conteúdos (buscando um equilíbrio entre pirataria e direitos autorais);
– Liberar a cópia de conteúdos de forma totalmente livre;
– Punir os “piratas” (aumentar a fiscalização) e intensificar as garantias dos direitos autorais.

Como vocês se posicionam?

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