Sobre a crise…

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Já estou um pouco cansado de ouvir pessoas criticando o nosso Presidente por ele ser “muito otimista” com a crise. E depois, como no último discurso, criticado por usar um linguajar coloquial, típico do povo brasileiro, e soltar um sonoro “Se fu…”.

Tudo bem. Não defendo que o Presidente da República se utilize excessivamente deste tipo de linguagem, mas… foi realmente um excesso? O nosso país é de maioria simples e humilde. Lula deve falar para o povo, e não exclusivamente para uma minoria mais “favorecida culturalmente” (imaginem se o discurso do Presidente fosse igual ao de um advogado, usando inclusive expressões em latim. Seria uma representação efetiva do povo brasileiro?!). A expressão que ele usou está na boca do povo, e não seria absurda se usada por nenhum outro. Ou eu estou enganado?

Às vezes as pessoas que esquecem que o Presidente é uma pessoa normal, como eu e você que está lendo este texto. Se imagine agora seguido 24 horas por dia por um bando de urubus à espreita de um pequeno deslize, que eles farão parecer um problema bem maior do que realmente foi… chato isso, não? Pois é…

Mas voltando à questão da crise, eu estou convicto de que Lula está fazendo exatamente o que ele deveria fazer: é preciso ser otimista, muito otimista. O pessimismo nessas horas apenas intensifica a crise. O que acontece quando todos ficam desesperados porque as ações estão caindo?! Vendem todas as ações, sacam o dinheiro dos bancos e esconde debaixo do colchão, economizando o máximo possível com medo de não ter dinheiro até o fim do mês, ou até mesmo de não ter o próprio emprego no fim do mês. E o que acontece em seguida…? Os bancos quebram. Simples assim.

E tem um detalhe: se um banco quebra, a empresa que tinha sua conta naquele banco também quebra, os funcionários desta empresa (além dos funcionários do banco) perdem o emprego. As pessoas que trabalham para essas pessoas perdem o emprego. Todos eles deixam de pagar as prestações dos financiamentos e também as contas de água, luz e telefone. O que acontece? Outros bancos quebram e o ciclo se intensifica ainda mais.

Como resolver? “Simples”: não se deixe contaminar pela crise. OK. Não tão simples, mas ajuda muito. Segue um texto que recebi por e-mail (não sei quem o escreveu), que ajuda muito a entender este processo e ilustra porque todo otimismo do Lula ainda é pouco…

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros quentes. Ele não tinha rádio, televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia bons cachorros quentes.

Ele se preocupava com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava. As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão e a melhor salsicha. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender uma grande quantidade de consumidores, e o negócio prosperava.

Seu cachorro quente era o melhor de toda região! Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O menino cresceu, e foi estudar economia numa das melhores faculdades do país. Finalmente, o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava com a vidinha de sempre e teve uma séria conversa com ele:

‘Pai, então você não ouve rádio? Você não vê televisão e não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. a situação do nosso país é crítica. Está tudo ruim. o brasil vai quebrar.’

Depois de ouvir as considerações do filho doutor, o pai pensou:

‘Bem, se meu filho que estudou economia, lê jornais, vê televisão, acha isto então só pode estar com a razão’.

Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e é claro, pior) e começou a comprar salsichas mais barata (que era, também, a pior). Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada. Abatido pela notícia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas essas ‘providências’, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportáveis e o negócio de cachorro quente do velho, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar economia na melhor escola, quebrou.

O pai, triste, então falou para o filho:

‘Você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise’. E comentou com os amigos, orgulhoso: ‘Bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise’.

Aprendemos uma grande lição:
Vivemos em um mundo contaminado de más notícias e se não tomarmos o devido cuidado, essas más notícias nos influenciarão a ponto de roubar a prosperidade de nossas vidas.

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