Da madureza do tempo

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Medo de Palhaço

Sempre gostei da alegria, porém quando menino tive medo de palhaços.
Palhaço perna de pau então! corria as léguas assustado!
Em Gabiarra onde morava, todo circo que chegava, cuidava eu pra nunca chegar perto.
Olhava de longe a lona colorida, contava as cores: amarelo, azul, vermelho e o cinza da lona,
Mas nunca olhava os corredores mágicos daquela chegada dos artistas, por medo de vê de perto o palhaço.
Até que fiquei amigo de um deles.
Digo fiquei, porque a família toda ficara amiga do palhaço anão chipupuca.
E de tempos em tempos o circo passava em nossa cidade e ele, o nosso amigo vinha nos visitar, distribuindo cortesias para o espetáculo, no qual ele era o palhaço principal.
Um dia, fui ao circo na tarde de domingo. O palhaço estava no picadeiro e, quando sentei para assistí-lo, ele deu quatro cambalhotas, não mediu direito o espaço entre o picadeiro e as cadeiras, vindo “parar” certeiro em cima de mim, caindo ele e eu da cadeira, para a alegria de todos e a vergonha minha.
Coisa que hoje chamamos de “mico.”
Paguei um mico em pleno domigo de matinê circense.
Motivo pelo qual ainda hoje olho desconfiado para um palhaço e nunca me esqueço daquela cena circense.

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