Ritual do Encontro

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Cores que ensinam

A possibilidade do encontro nos anima e fortalece as relações sociais de amizade, aprendizado e amor. Nossos amigos dos Pontos de Cultura podem muito bem relatarem experiências nesse campo. O conhecimento e a troca de informações levam a compreensões do mundo real e à solidariedade com o outro. Fortalece a nossa identidade e nos faz perceber as culturas diversas em pequenos espaços territoriais ou na dinâmica de experimentar o mundo global, o mundo dos que pensam em equilíbrio e vida prazeirosa.
O ritual de encontro entre os meninos e meninas que “fazem” capoeira no Ponto de Cultura do Viola de Bolso tem nos ensinado muito.
O respeito ao mestre, a escuta, a disciplina leve e sobretudo a valorização do tempo-instante em que se encontram naquele local, mostra como essa possibilidade do encontro tem significação e mexe com a vida e o imaginário de cada um.
Chama a atenção os movimentos de cada um quando chegam, a ordenar a entrada enfileirada dos seus corpos em meio à brincadeira de empurra empurra e “fura-fila”, para no final a ordem se estabelecer na disposição das sandálias deixada a posto, quando se entregam à luta lúdica da capoeira.
As cores da sandálias no chama a atenção muito mais que a ordem, evidentemente.
E assim, ritualistícamente, cada um aprende a se ver no outro, entre uma pernada e grito, entre um pulo e uma risada, entre uma queda e um levantar-se. Comunicando-se.
Quem sabe assim, abrindo caminhos para o futuro.

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