O que o Viola diz sobre a nota de desagravo…

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“A sociedade que aceita qualquer jornalismo não merece jornalismo melhor.”

Alberto Dines

“Um editor de jornal é alguém que separa o joio do trigo – e publica o joio.”

Stevenson, Adlai


A Direção do Ponto de Cultura Viola de Bolso, após a repercussão do comentário feito no “Informativo do Viola” edição do mês de março, vem à sociedade eunapolitana esclarecer os fatos e se posicionar acerca de acusações feitas por jornalista local, contra a referida entidade.

Ao se deparar com a Nota de Desagravo veiculada em mídias eletrônicas acerca do citado comentário, a Direção da Instituição não vê qualquer justificativa para a posição tomada pelo jornalista Teoney Araújo Guerra.

Isso porque, o comentário referido não teve nenhuma intenção de ofender memória de personalidades locais, como tenta fazer crer o escritor. Pelo contrário, visava justamente um efeito oposto no sentido de reavivar a tradição dos jornais impressos para que a boa informação continuasse chegando àquelas pessoas que não possuem acesso ao mundo cibernético, ou àquelas pessoas tradicionais, que apesar de terem acesso à internet, preferem os impressos para obterem informações.

Na Nota de Desagravo, o nobre jornalista deixa claro a sua irresignação com a opinião da associação e, diante de tal fato, começa a proferir acusações infundadas contra os “Donos do Viola”, sem ao menos publicar a íntegra do texto, para que o leitor pudesse tirar suas próprias conclusões sobre o seu teor.

É princípio básico do Jornalismo e da própria democracia, que a informação seja veiculada de forma integral para permitir que o seu destinatário tire as suas próprias conclusões acerca do informado, devendo o facilitador da comunicação assumir uma posição imparcial, não induzindo o leitor a aderir à mesma opinião de quem está a escrever o texto.

Foi o que fez o Viola ao emitir sua opinião ante o desaparecimento dos jornais impressos, conforme se observa do texto abaixo, transcrito na íntegra:

“Não sei se vocês repararam, mas nos reparamos, em Eunápolis os jornais IMPRESSOS desapareceram! Quais os motivos? Há de se investigar, mas com certeza o principal deles é a falta de quem financie. Jornal IMPRESSO em Eunápolis em geral é um alterego de alguém, que não economiza autoelogio e prega a sua verdade como única. Na falta de quem financie, ficamos sem os jornalecos, que apesar de sua supérflua escrita, ainda é jornal. Afinal, uma cidade sem jornal é como uma cidade sem esquina: não vivemos sem dobrá-los no dia a dia”.

Primeiramente não existem “Donos do Viola”. Os donos do Viola são os inúmeros jovens que têm acesso gratuito ao programa e nele entendem que a vida vale muito mais do que se entregar às drogas ou viver nas ruas sem expectativa de vida.

O Ponto de Cultura Viola de Bolso, ao contrário do argumento utilizado pelo Jornalista, dissemina a cultura, instruindo o cidadão a se tornar, de fato, um cidadão atuante, permitindo que o mesmo realize diversas reflexões sobre o mundo atual, com discussões políticas, sociais, econômicas, entre outras.

Não quis o Viola de Bolso, portanto, ofender memória nem lembranças relativas às personalidades mencionadas na Nota de Desagravo (nenhum nome ou jornal foi citado no informativo). A Instituição quis, somente, e como sempre tem feito, utilizar da prerrogativa que o Estado Democrático de Direito conferiu a todo cidadão, permitindo a liberdade irrestrita de ideias e opiniões.

O Ilustre Jornalista Eunapolitano deveria saber que a liberdade de expressão, além de ser importante princípio do Jornalismo, se tornou plena garantia constitucional, não se permitindo qualquer limitação a tal direito. É consequência da Democracia, é inerente a todo cidadão.

Destaca-se que para pleno exercício da cidadania, é preciso que os princípios democráticos sejam absolutamente respeitados. A democracia, por sua vez, depende de uma sociedade civil educada e bem informada cujo acesso à informação lhe permite participar tão plenamente quanto possível na vida pública da sua sociedade.

Quanto ao irônico comentário de que o Ponto de Cultura recebe “milhares de reais” da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, o mesmo só tem a comprovar que a forma de fazer jornalismo de alguns (pouquíssimos) jornalistas eunapolitanos, está desarmônica com as regras da nobre profissão.

Primeiro, porque se o Jornalista fosse um profissional diligente e tivesse o interesse em entrar nos sites de transparências oficiais do Estado, evidenciaria que a instituição está investindo todo o dinheiro repassado pelo Estado de forma satisfatória, obedecendo a todos os critérios legais do Programa, conforme se observa do Parecer Técnico. E, segundo, porque mais uma vez a forma da escrita utilizada pelo copista, levou ao destinatário da notícia dúvidas acerca da gestão do Ponto de Cultura Viola de Bolso, adiantando ao leitor a conclusão que ele deveria tirar do texto.

Na forma do parecer técnico acima relatado, o Ponto de Cultura Viola de Bolso, além de desenvolver todas as atividades previstas no Plano de Trabalho para o qual o recurso foi disponibilizado, foi muito além e disponibilizou aos munícipes outras atividades extraprograma, deixando transparecer a idoneidade e a boa intenção da organização.

Após a Nota de Desagravo, vários parceiros do Viola de Bolso partiram em nossa defesa, pois sabem da nobreza de nossa luta e acreditam em nosso potencial.

É de conhecimento da comunidade eunapolitana a luta diária do Viola de Bolso para não deixar morrer a cultura em nossa cidade e, conforme visto, essa luta tem demonstrado bons resultados.

O leitor eunapolitano, ante a flagrante banalização da profissão jornalista, começa a filtrar as informações postadas sem qualquer responsabilidade profissional e não mais aceita as barbaridades veiculadas tão somente para ou denegrir ou para superestimar pessoas ou coisas.

Por tais motivos, solicitamos, respeitosamente, o cuidado na divulgação de matérias que não representam a verdade dos acontecimentos, essas matérias podem afetar, maleficamente, o subconsciente de nossa população. No mesmo passo, ratificamos a nossa opinião quanto aos (pouquíssimos) jornais da cidade e a sua periodicidade, reflexo de uma situação de insegurança e falta de gestão, pois, conforme aqui visto, são estes dotados de deficiência interpretativa e são capazes de contagiar o leitor mais desatento.

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