Caminhando com as letras da utopia
Quem são esses malucos que nos dias de hoje decidem abrir uma Biblioteca? Sob que signo, que valores, que futuro?
Livros reais, de papel e poeira?
Virtuais, diversos, que podem estar no blog e ao mesmo tempo na feira?
Livros que falam a nossa língua, que viajam pelo tempo e retorna ao começo do sonho?
Que viola de bolso é esse grupo de cultura que insiste nessa ideia aparentemente maluca? Pergunto: que jovens, meninas e meninos, vão preferir o livro ao game?
Uma Biblioteca virtual, de verdade?
Uma Biblioteca que tem vida para-além dos livros?
Quem são esses malucos que decidem homenagear outro maluco que vivera um tempo seu, entre muitos tempos alternados, no presente e no futuro, burilando o passado?
Quem são esses malucos que ficam a tarde toda catalogando livros, supondo uma ordem de gostos literários daqueles que virão pesquisar, deleitar-se com a leitura, imaginar desfechos, sorrir e chorar?
Quem são esses que aguardam ansiosos por novos e velhos livros, para tornar novos, os pensamentos velhos, e experientes os indignados jovens?
Deixa que Eduardo Galeano fale:
“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais a alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.
(Eduardo Galeano)
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