Dar os primeiros passos no contexto atual – de construção de políticas culturais de estado e a criação do sistema nacional de cultura – significa criar uma Secretaria municipal de cultura que faça fluir os mecanismos de participação social de grupos de cultura, artistas, produtores e ativistas culturais. Para isso não é necessário grande dotação orçamentária, entretanto, cidade como Eunápolis até já existe o Fundo municipal de Cultura, remanescente de um mandato na década de 1990 cujo gestor criou a secretaria de cultura que mais tarde viria a ser extinta.
Outro desafio pequeno é mapear os segmentos culturais presentes na cidade que seja embrião organizacional e tenha voz para dialogar com o poder público. Ainda é incipiente e pequena a composição de pessoas ou artistas que formem um determinado segmento cultural para que se encaminhem propostas setoriais ou projetos por linguagens artísticas em Eunápolis. Identificar os artistas e sua diversidade é fundamental para fazer andar as discussões em torno de um plano municipal de cultura.
Finalmente por incrível que possa parecer, os grupos de cultura popular, grupos de reisados, culturas identitárias, capoeiras, terreiros e casas de matriz africana são mais presentes, muito embora não apresente uma movimentação que exija ou sugira a promoção de direitos e cidadania cultural a nível municipal.
Quanto ao papel do poder público local – poderes executivo, legislativo e, sobretudo algumas secretarias de governo – se este não perceber a importância, se sensibilizar e tomar a consciência do contexto, nem estes pequenos desafios serão superados.
E quiçá tais desafios avancem, Eunápolis poderá demarcar o seu tempo e a sua história.
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