Audiência Pública da Lei Griô no Congresso Nacional

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– pelo reconhecimento do lugar político social e econômico da tradição oral no Brasil

 

Eu apoio a identidade e a história da Lei Griô.

É um movimento legítimo da sociedade civil organizada.

É uma política criada pelo povo de tradição oral representada pela comissão nacional dos griôs e mestres.

 

O Brasil vive um momento histórico de luta pelo reconhecimento do lugar político social e econômico da tradição oral com a audiência dia 11 de junho às 14 hs na comissão de cultura do Congresso Nacional, uma lei de autoria dos griôs e mestres de tradição oral, criada pela sociedade civil, de baixo para cima, assinada por 24 deputados da Frente Parlamentar de Cultura, presidida por Jandira Feghali.

 

A Lei Griô chega no congresso já aprovada como prioridade do povo brasileiro no maior encontro de cultura do país – a Conferência Nacional de Cultura de 2010 que envolveu 200 mil pessoas.

 

Mais de 4.000 cartas de apoio de pessoas que não poderão estar presentes em Brasília, representantes da cultura tradicional, líderes comunitários, secretários de estado, artistas, militantes culturais, educadores, artistas, estudantes, produtores culturais, coordenadores de ongs e pontos de cultura chegam no congresso para serem entregues ao relator da Lei Griô Evandro Milhomem durante a Audiência Pública pelas mãos da representante da Comissão Nacional dos Griôs e Mestres – Mestra Doci, e do representante do Laboratório de Políticas Culturas da UFRJ que possui um amplo trabalho com as tradições no Rio de Janeiro – Marcelo das Histórias.

A Lei Griô é resultado de um movimento nacional do povo de tradição oral em parceria com o Ministério da Cultura – a Ação Griô – que envolveu mais de 750 griôs e mestres e 600 entidades de educação e cultura e foi reconhecida pelo IPEA como referência de participação da sociedade civil na construção de políticas públicas. A lei Griô tem como missão instituir uma política nacional de transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral, em diálogo com a educação formal, para promover o fortalecimento da identidade e ancestralidade do povo brasileiro por meio do reconhecimento do lugar social político e cultural dos(as) griôs, mestres e mestras de tradição oral do Brasil.

Depois de implementada, a Lei Griô vai facilitar que os saberes das nossas tradições orais possam dialogar com os currículos das escolas públicas e universidades, com as instituições de educação e cultura. A Lei Griô estabelece mecanismos para que as comunidades criem uma rede social de base que reconhece e apresenta seus Griôs e Mestres de tradição oral com bolsas de incentivo, vinculados a griôs aprendizes e a projetos educativos em parceria com pontos de cultura, associações, conselhos de cultura, secretarias de cultura e educação para transmissão oral de seus conhecimentos aos estudantes e a comunidade, com suas vivências alegres, brincantes, dançantes, cantantes, plenas de práticas pedagógicas de transmissão oral, histórias, saberes e fazeres que reencantam a educação.
O saber oral das ervas das benzedeiras em interação com as ciências da flora da região; o saber das parteiras em interação com as ciências da reprodução; o saber das ladainhas da capoeira em interação com a história do Brasil são exemplos de práticas e assuntos que mudam o reconhecimento do povo brasileiro sobre sua própria identidade e ancestralidade, além do lugar social e político dos representantes das culturas orais.
Eu apoio a identidade e a história da Lei Griô.

É um movimento legítimo da sociedade civil organizada.

É uma política criada pelo povo de tradição oral representada pela comissão nacional dos griôs e mestres.

Solicitamos seu apoio e o voto dos deputados aprovando a Lei Griô.

Ass: Comissão Nacional dos Griôs e Mestres

 

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