Praça da Cultura

Praça cheia, coração alegre e cultura de paz

Estas foram as palavras de quem passou pela praça do Viola de Bolso, no domingo dia 10, com as apresentações culturais, na abertura da 2ª temporada de atividades do Ponto de Cultura.

A Cia Pé de Cana, um grupo de Circo de rua do interior de São Paulo esteve durante a semana no Viola de Bolso, no bairro Alecrim 2 e domingo na praça dr. Gusmão, apresentado a sua arte de circo de rua. O grupo está circulando o país em uma Kombi, trocando experiência e vivenciando as realidades da cultura nas regiões onde passa.

A Cia Lágrima de Palhaço, de Porto Seguro, apresentou uma belíssima versão das danças populares do Nordeste, na montagem teatral intitulada de SER TÃO Nordestino, aliando a literatura de cordel, dança e poesia de João Cabral de Melo Neto. André Simião, coordenador do grupo faz questão de afirmar que o grupo é oriundo da zona rural de Porto, chamada AgroVila, assentamento de reforma agrária nascido na década de 1980.

A praça estava cheia de gente, assistindo às apresentações(veja fotos ao lado). Uma mistura de cores, alegria e compartilhamento, já que muito das pessoas ali conhecem e participam das atividades do Viola de Bolso.

Cultura como atitude

Eunápolis tem sido marcada constantemente pelos casos de violência envolvendo jovens, resultado da falta de políticas públicas que alie educação, cultura e cidadania. Na ausência de ações efetivas, sobra tempo e espaço para a desagregação social, a fragilidade nas comunidades e a violência contra jovens e negros da periferia.

O trabalho que os ativistas do Viola de Bolso desenvolve tem grande relevância, mas falta a multiplicação disso em outros bairros e a participação de outras instituições que atue na mesma proporção e consciência do fazer coletivo e da potencialização das práticas culturais.

Escolas, grupos de jovens e coletivos culturais podem fazer a diferença e reverter quadros e índices que nos afetam a todos. É preciso atitude e consciência.