
“O governante que não investe em Educação e Cultura, só sabe construir presídios.”
{Darcy Ribeiro}.
A ESCOLA DO MUNDO PELO AVESSO
Costumamos utilizar o termo acima, do mestre Eduardo Galeano, poeta e escritor uruguaio, falecido em 2015. O termo sugere muita reflexão, uma necessária é vincular o mundo, o avesso e a escola, a todo tipo de manifestação contra a dignidade humana, de atos de injustiça e de ameaça às liberdades do ser humano, sobretudo de ameaça aos direitos coletivos e à democracia de modo especial.
Na escola do mundo pelo avesso, a infância é negada, a cultura é negada, a vida é permanentemente ameaçada ou tirada sem piedade.
Os presídios são escolas do mundo pelo avesso. Qualquer prisão é maquina de moer gente, de castrar sonhos e de educar para que o sujeito nunca seja ele mesmo.
Em Eunápolis tem um presídio, com capacidade para mais de 400 presos. Atualmente abriga quase 800 presos. A cidade tem pouco mais de 120 mil habitantes.
Dois acontecimentos noticiosos sobre Eunápolis foram destaque no site-jornal da cidade e pouco deu o que falar: o primeiro, a revelação dos índices de violência, em que a cidade figura no segundo lugar. Curiosamente, somente setores da polícia baiana reagiram aos números, contestando-os.
A outra notícia, sem muito alarde no mesmo site-jornal, foi a de que em Eunápolis serão construídos 03 mini presídios! O que são “mini presídios”? Quem autoriza essa construção? Quem dá o aval? A sociedade é ouvida?o legislativo local aprova? Não tem audiências públicas para discutir a viabilidade e os parâmetros que orientam a instalação desse modelo de prisão?
O argumento da construção autorizada pelo estado é da superlotação. Então a lógica é: Presídio superlotado, cria-se mais três!
Ou seja, de um, Eunápolis passará a ter quatro presídios!
Você não viu a matéria do Radar? Bom, lá só informa, mas o jornal não emite a opinião sobre o assunto….
Pena, porque são questões que merecem debate e espaços de comunicação imparciais, que amplie as diferentes opiniões.
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