Candidatos e culturas

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O Canto da Cultura ou a cultura no canto?

Daqui a pouco estará aberta a temporada de campanha eleitoral aos cargos de presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais no Brasil. Mesmo em estado de golpe contra a democracia e permanente perseguição aos direitos sociais do povo brasileiro, as eleições vão acontecer. Mesmo com o cerceamento da liberdade de Lula, primeiro preso político após a ditadura militar de 1964 e mesmo com o desgaste e descrédito no papel do parlamento na construção do País, vamos votar.

É impressionante como as chamadas autoridades desse país não enxergam a cultura como possibilidade real para as mudanças de que necessitamos. Talvez eles não desejam mudanças realmente…

A política publica de cultura não é levada à sério e o desrespeito à diversidade de gênero, etnia e culturas é alarmante.

Somente no governo Lula é que a Cultura e a política cultural começou a ser debatida e implementada com seriedade. Mesmo assim, a visão ainda era limitada, o orçamento era baixíssimo e o acesso ao financiamento da cultura, bem aquém das realidade vivenciadas pelas comunidades culturais. A gestão do ministro Gilberto Gil no MINC fez avançar essa política de descentralização dos recursos públicos, com destaque para o Programa Cultura Viva, os Pontos de Cultura e diversas premiações reconhecendo a importância das culturas populares.

O golpe da direita desandou tudo. O retrocesso foi grande e tem trazido complicações para os movimentos culturais no País.

Apesar disso, resistimos. O canto da cultura ecoa nos terreiros, nos quintais, nos Pontos de Cultura, nas Rodas de Capoeira, nas palavras dos Griôs, nos assentamentos, nas favelas.

Mas diante do processo eleitoral, vemos poucos candidatos da esquerda enfatizar a cultura como mecanismo de mudança e encantamento, principalmente apresentar concretamente propostas qu viabilize a inclusão, a participação criativa dos jovens, para uma Cultura de Paz.

Tomemos como exemplo positivo, a campanha{que é para além de campanha} do candidato a Deputado Federal em São Paulo, Célio Turino. Claro, Turino é uma autoridade{no bom sentido} em políticas culturais e é idealizador juntamente com outras pessoas, do projeto de Pontos de Cultura no Brasil.

Saiba mais sobre o MANDADO CIDADANISTA DE CELIO TURINO

Infelizmente, são mais candidatos a governadores dos estados que relegam à cultura apenas um paragrafo em suas propostas de governo. E qualquer protagonista que acredita em seu candidato a governador nestes estados, aguardam no canto a sua vez de falar, em poucos minutos, o que é a cultura, o seu potencial sócio-econômico e a sua dimensão simbólica. Mesmo assim, a devida importância da cultura fica em terceiro plano.

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