Narrativas de rua,
dia 07 de novembro, quarta feira da consciência negra.
EU VI.
André Abujamra e Mauricio Pereira contaram e cantaram essa história pra gente:
Eles disseram assim:
Existem mil estórias de carro e racismo e essa é apenas uma delas.
Eu vi, eu juro que eu vi…
Era um sábado à noite, rua augusta, um Passat.
no Passat três negões…{repare bem}
O som rolava solto no Passat
Eu vi, eu juro, eu estava lá…
De repente, uma viatura na rua augusta:
E a polícia vem descendo, sirenes ligadas, vem chegando a polícia.
Era um
Camburão que logo mandou o passat, ele parar.
A polícia mandou o Passat parar:
– Mão no pescoço, todo mundo fora do passat!
{eu vi}, assim que os pretos saíram do Passat, um deles jogou diversos pacotes no fundo do carro.
Continuaram…
Revistando os negros, parece que eles tavam limpos. E eu vi
– eles tavam limpos eu vi!
De repente,
um motoqueiro! parou bem do meu lado, e ele disse assim:
– É duro ser preto!
– É duro ser preto!
E saiu voando em sua moto…
Obs: texto a partir de letra da música de Os Mulheres Negras, banda que surgiu na década de 1980.
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