Pontos de Cultura vive

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tambor de folia

DEZ ANOS DEPOIS

Há exatos doze meses, escrevi um texto sobre o lançamento do primeiro edital de pontos de cultura na Bahia, publicado pela Secult Bahia no começo de 2008, em que os projetos aprovados e ajustados no final do mesmo ano, passaram a ser executados pelos seus proponentes a partir de 2009, portanto fazendo exatamente dez anos agora em 2019.

Vale dizer que a execução das atividades deveriam ser planejadas para 03 anos, em que, cada Ponto de Cultura receberia a cada anos, o valor de R$ 60.000 mil reais, perfazendo um total de R$ 180.000 mil reais, valor integral da proposta aprovada.

Dez anos depois, quanto projetos conseguiram executar por completo o seu Plano de Trabalho?

Dez anos depois quem, onde, com que e em que condições continua atuando?

Dez anos depois o que é e como está a rede de articulação dos Pontos de Cultura? que avaliação fez ou está fazendo?

Temos notícias que a Secult Bahia vai publicar um novo catálogo sobre os Pontos de Cultura, incluindo os projetos do segundo edital{lançado em 2011}, mas que informações trará, que avaliação sincera, que notícia nova?

Idealizados para ser uma grande rede mobilizadora, criativa, diversa, alegre e colorida, os Pontos de Cultura tornaram-se ilhas, isoladas e ensimesmadas, porque, devorada pelo ‘ativismo’ da Secult Bahia, a rede não soube desatar os seus nós, ficando à mercê da burocracia e do ‘segundo plano’ do governo estadual da Bahia. Sem autonomia nem capacidade de se articular, a rede baiana dos Pontos de Cultura, se rendeu ao marasmo. Para piorar a situação, o contexto nacional do golpe que derrubou a presidenta Dilma Roussef, ameaçou os direitos culturais, boicotou governos ditos de esquerda e lançou no porão mais escuro as metas do Plano Nacional de Cultura.

Após as eleições de 2018, que trouxe o fascismo para o governo federal, nada poderia ficar tão assombroso: o governo bolsonaro extinguiu o MinC, jogou terra em cima e abriu caça aos grupos sociais, aos coletivos culturais, aos pontos de cultura e instituições que atuavam com políticas públicas de cultura.

E no momento que precisávamos estar cada vez mais forte e articulados, navegamos desgovernados, sem rede nem tábua para se agarrar.

Até quando?

março, 2019.

Sumário.

Leia textos anteriores:

http://violadebolso.org.br/2009/09/pontos-de-cultura-na-bahia/

http://violadebolso.org.br/2013/08/pontos-de-cultura-ba-cinco-anos-depois/

http://violadebolso.org.br/2013/10/silencio-dos-pontos-de-cultura-na-bahia/

http://violadebolso.org.br/2018/03/pontos-de-cultura-da-bahia/

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