EMERGÊNCIA CULTURAL VIVA

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A urgência da pandemia fez a emergência da Lei Aldir Blanc

Virou um bordão a frase “a cultura foi a primeira a parar e será última a voltar”, na pós-pandemia. A frase faz uma referência às atividades ou programações artísticas e do entretenimento, desde o circo eu cinema até o chamado som de barzinho, no parque ou no shopping. Mas é verdade.

Mais verdade ainda é que o setor da cultura, todo ele, passa um perrengue desgraçado.

As atividades culturais e o amplo segmento das artes vem sofrendo cortes desde o golpe contra a Dilma Roussef, quando o tal Michel Temer decidiu acabar com o Minc, mas que por conta dos protestos do movimento cultural, ele segurou, apesar de “fechar pra balanço” e negar os recursos em andamento. A situação piorou quando o fascista assumiu, extinguiu o ministério da cultura sem nem pensar e jogou no poço mais profundo a política pública de cultura. Foi pro fogo ardente do inferno o Plano Nacional de Cultura, o Sistema Nacional de Cultura e a Lei Cultura Viva.

O fascista acha isso né, não sabe ele que as leis continuam, apesar dos seus esforços de implantar um regime de exceção pra chamar de seu.

Leis vigentes ou não, o fato é que todo mundo da Lei Cultura Viva ficou com as barbas de molho, meio que hibernando, sem rumo nem direção. Os Pontos de Cultura, em algum lugar ou outro, respirando o peso da poluição nefasta do conservadorismo e das ameaças. Foi um período de relatos angustiados de companheiros que sofriam preconceitos, perseguições e atos de negação da diversidade cultural no Brasil, sobretudo se falasse em gênero, etnia, quilombo, hip hop, periferia, meu deus, o clima pesava!

Mas somos resistência!

Já o movimento organizado em redes e articulações em torno dos Pontos de Cultura e da Lei Cultura Viva, quedou paralisado um bom tempo, sem utilizar nem mesmo dos artifícios da comunicação em rede, que bem poderia ser usado para notícias, programações virtuais, diálogos temáticos e etc…

Quando veio a Pandemia em março de 2020, logo surgiram as primeiras notícias dos Projetos de Lei(PL’s) na Câmara dos Deputados, cujas proposições de modos diferentes, mas convergindo para um mesmo objetivo, colocava a urgência em atender com um auxilio emergencial, os setores da cultura, artistas e trabalhadores da cadeia produtiva da cultura. Dos diversos PL’s nasceu a Lei Aldir Blanc, fruto de um processo articulado, primeiro entre os parlamentares, depois pessoas como Célio Turino, Alexandre Santinni e Marcio Griô, em dialogo amplo e urgente com os Brasil da Cultura Viva. Ao mesmo tempo, foram surgindo as atividades virtuais da cultura, com os temas abrangentes e canalizados para o fortalecimento da Lei Aldir Blanc e da sua real aplicação nos estados e municípios do País. Essa movimentação é a que chamamos de EMERGÊNCIA CULTURAL, em letras graúdas, como um levante(que é) por todos os segmentos culturais do Brasil e com forte ressonância na América Latina, pela sua articulação, vivacidade e oxigenação dos movimentos culturais em latinoamérica.

E para encerrar o bate papo, é bom aprender a lição, senhores da burocracia fina do movimento nacional dos Pontos de Cultura, enquanto ustedes hibernavam, uma emergência nasceu, fazendo com que vocês acordassem assutados, correndo apressados para alcançar a história.

Que sirva de exemplo para outros que chegam.

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