Com o avanço das vacinas e o relaxamento das restrições da Pandemia, muitas repartições públicas, empresas e institutos, universidades, já estão funcionando “normalmente”, enquanto outras ainda mantém os cuidados fundamentais. Os espaços de cultura, museus e parques do estado ou custeados por ele, não tem sido diferente. Já para espaços culturais alternativos, Pontos de Cultura, circos, casas de memória, etc, a história é outra.
Porém reabrir, voltar a funcionar, reorganizar as atividades, readequar estruturas físicas, compor equipe, buscar apoios institucionais, reconectar público e dialogar com os envolvidos, com os parceiros, não é tarefa fácil. Por sua vez, e em sua maioria, o poder público municipal – além de não cumprir com o seu papel constitucional -, não cumpre com a sua obrigação, desconhece e não prioriza a cultura, nem faz do direito cultural, da política pública de cultura, uma plataforma de ação, dada, talvez a sua incompreensão do papel social, educativo e econômico, inerentes à cultura em suas diferentes dimensões. O desmantelo da política pública nacional de cultura se reflete nas esferas estadual e municipal e as pobrezas(a material e a espiritual) dos conservadores e fascistas, implicam para nós, em redobrada luta de resistência, pela sobrevivência cotidiana e pela ressignificação das coisas e dos corpos, pelo fortalecimento das artes e dos saberes culturais comunitários. Nos coloca nos desafios de sempre: trazer para as lutas e pro cotidiano, a centralidade da cultura, como afirmação política social e instrumento criativo para o devir e o bem viver. Cada lugar é lugar de inspiração, de trabalho, de compromisso e de solidariedade.
Pois venha, estamos de portas e braços abertos!

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