No amargo da Terra – Cap. II

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CARQUEJA

A Trimera nasceu espadachim cheia de gomos, “touceiras” pelo campo.

Eu vi seu corpo se alastrar pelos caminhos

Lá na mata dos índios, lá na baixada do rio,

Perto da casa do pajé.

Essa carqueja valente,

Essa carqueja do chá, essa amiga da terra

Essa que faz carapruá.

Se andas no vale do Jucuruçu,

Se visitas a Mata Medonha,

Se sentes as pedras no corpo,

Veja que vai melhorar.

Carqueja que lambe o sol e amarga até fel

Carqueja que salva o planeta, planeta naquele lugar

Carqueja que habita as distâncias entre o céu e o mar.

Essa campo sem fim, dividido entre uma seca e um temporal que alaga,

Fruto das estações longínquas,

Essa terra alagada, dividida entre uma canoa e um caminho.

Nela carqueja é nativa e faz com que os espíritos do mato recomende-a às outras plantas

Quanto mais aos “cabôcos” que amanhecem de ressaca.

Carqueja faz o corpo sinalizar a vida!

Nessa manhã, a carqueja lavou o rio…..

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