Leiam abaixo o poema “A Esperança. “Augusto dos Anjos é pura poesia…Um pouco da sua história, recomendamos a bela narrativa leve de Ana Miranda – apesar da dor do poeta – em seu livro “A última Quimera”, título em referência a um dos mais famosos poemas dele.
A ESPERANÇA
A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a Crença de fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro – avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da Morte a me bradar; descansa!
– Augusto dos Anjos –
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