Eu já sabia que Geraldo Dantas era um grande poeta,
E apaixonado pela sua terra.
Depois fiquei sabendo que ele era(é) meu primo.
Conhecia toda a sua familia pois convivi com muitos membros dela e pude sentir a paixão com que se dedicavam à vida.
O que sabia sobre a poesia de Geraldo Dantas é que, quando chegava em Gameleira(hoje Caiubi, sul da Bahia), ele beijava a sua terra, se jogava na poeira da estrada e se perdia em paixão e lembrança. Lambia a terra por assim dizer.
A sua irmã Zélia falava comigo sobre o poeta que ele era e o seu alumbramento pela terra onde vivera a sua infância e juventude. E a sua bela poesia que eu nunca conhecera.
Pois bem, estava eu em Eunápolis quando por acaso encontrei um senhor que disse “estava jogando livros fora”, e num impulso disse eu que, “(você)não pode fazer isso, tem que doar a alguém.” Ele prontamente disse que havia tentado doar pra escolas mas ninguém queria. Quando então disse eu que iria buscar os livros. Pensei: “ deve haver livros que prestam(não sabendo eu que todo livro tem uma razão de ser e existir).”
Fui no Bairro Minas Gerais de Eunápolis e, após ter pegado as caixas de livros, muitos livros em decomposição rasgados pelo tempo, pude separar uns 20 livros. Dentre eles, um livro chamou a minha atenção: Gameleira. Do poeta Geraldo Dantas, meu primo. Fui correndo pra casa e lá festejei ao ler os belos poemas de Geraldo, poeta que não conheço pessoalmente, mas que aprendi a admirar o seu fazer poético.
Brindei, bebi uma cerveja e fiquei mirando a lua.
(sumário).
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