A Eternidade
De novo me invade
Quem? – A eternidade.
É o mar que se vai
Com o sol que cai.
Alma sentinela,
Ensina-me o jogo
Da noite que gela
E do dia em fogo.
Das lides humanas,
Das palmas e vaias,
já te desenganas
E no ar te espraias.
De outra nenhuma,
Brasas de cetim,
o dever se esfuma
Sem dizer: enfim.
* Artur Rimbaud, tradução de Augusto de Campos.
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