TÍTERES DEL ZONDA – O Vento que passou por aqui

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Bonecos e o vento entre nós –

Foi mais ou menos em março de 2010 que o Viola de Bolso começou um diálogo via email com Nicollas e Sebastian, da Companhia de Fantoches do vento. Títeres Del Zonda ou Fantocheros do vento Zonda, como o vento que vem do sul, arrebatou o nosso cotidiano e teceu canções em nossa casa, nossa terra. Fantoches do Zonda poderia muito bem ser um disco voador em forma de nuvem que descendo sobre a América do Sul tivesse encantado o mundo com os seus fantoches mágicos, cheios de idéias criativas e interpelações críticas – de que o mundo necessita – e  acordado muita gente nos dias de hoje.  Após periódicos diálogos em troca de mensagens, por fim eles aportaram no dia três de agosto em Eunápolis, vindos do norte do Brasil em sua “Rural”, veículo muito usado por aqui na da década de sessenta.

E os fantocheros(aqueles cujo ofício é manusear e dar a vida aos bonecos) cruzaram a America do sul numa jornada que pode ser lida, conhecida e admirada no site http://www.titeresdelzonda.blogspot.com/ ali eles relatam a trajetória que durou 02 anos em que caminharam, viveram, viram e sentiram, ao intercambiar as mais diversas experiências humanitárias com povos autóctones, com grupos urbanos, artistas de palco e de rua; artesãos e cidadãos comuns nesta parte da América Latina.

Ainda vai fazer um ano que os Títeres Del  Zonda estiveram em Eunápolis, mais precisamente no Espaço Cultural de formação e cidadania do Viola de Bolso, a  apresentarem as suas diversas faces do mundo dos bonecos, dos fantoches e das estórias de vida e de morte que o universo dos fantoches nos oferecem. Além de empreitarem o desafio junto com o Viola de Bolso – de apresentarem diversos espetáculos – ao mobilizar quase mil pessoas, em sua maioria adolescentes da cidade de Eunápolis e de sua zona rural, os fantocheros viveram quinze dias na comunidade familiar do Viola de Bolso,  vivenciando o seu cotidiano e dialogando as experiências comuns entre esperanças e dificuldades que a atividade cultural impõe.

Conhecer a Companhia Títeres del Zonda foi de grande aprendizado e tem sido um dos sinais a revelar que valeu a pena viver sob a égide do trabalho cultural que o Viola de Bolso tem feito, com os pés em sua comunidade e abertos para o mundo, sobretudo a nossa querida América Latina.

O Grupo:

Os Títeres Del Zonda ou Fantoches do Vento em português nasceu de um projeto coletivo que utiliza linguagens próprias da arte teatral e das tradições ancestrais do ser títere, buscando revitalizar símbolos e mitos próprios das culturas e da história na América Latina. Como eles afirmam:

El teatro de títeres se concibe así como un espacio mágico, provocador, en el seno mismo de las comunidades de los hombres y mujeres de esta Patria Grande pluricultural y multiétnica; espacio este que permite la re-creación y re-construcción de la realidad histórica, social, cultural y política y se convierte de esta forma en motor y generador de transformaciones en el seno de nuestros pueblos.

A inspiração del Zonda

O Zonda é um vento seco e quente que sopra no oeste da Argentina, nas áreas de encosta dos Andes, entre 38 graus de latitude sul e o sul da Bolívia. É o tipo de vento que desce das montanhas e chega aos vales e planícies. Mais da metade dos eventos Zonda são observados entre maio e agosto. Sua força máxima costuma ser registrada à tarde, na hora mais quente do dia, enquanto à noite as rajadas perdem força. O vento Zonda é resultado do ar úmido do Oceano Pacífico que ascende no lado chileno dos Andes e descende no setor argentino dos Andes. Ao descer, no movimento orográfico, o vento frio vai se aquecendo. Há casos em que o Zonda é registrado nas montanhas, mas não chega a alcançar os vales. É o Zonda de altura e que não raro dá origem às nuvens lenticulares que mais se parecem com discos-voadores

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