Monocultivo de eucalipto por empresas de celulose tem sido como a tentativa da mídia brasileira, de impor a monocultura da comunicação de massa
Até o programa de computador se você escreve a palavra monocultivo, ele não reconhece e sublinha em vermelho.
É que os programas de desenvolvimento reúnem os artifícios da imagem, do poder e da capacidade de evoluir em sua dominação econômica, que interfere no pensamento do sujeito e mistura negativamente as coisas. O estado capitalista quando não ilude, impõe a sua força militar.
Temos exemplos dessa tentativa de – pela imagem – enganar o povo em suas comunidades.
A idéia de que no Brasil existe um povo que fala uma língua, que é Bossa, que tem uma única religião e que só gosta de arroz e feijão é a grande farsa. Assim como é falsa a TV do rio de janeiro que dita o jeito de falar e a forma de se vestir dos seus personagens para o Brasil inteiro imitar. E quando tenta retratar culturas regionais, o faz com estereótipos pantomímicos com uma alegoria que dá nojo.
Mas ninguém é besta.
Sabemos por exemplo, que o monocultivo do eucalipto não é floresta e nem vai salvar nenhuma região, ao contrário vai criar abismos para o futuro. E monocultura é coisa falida. Os conquistadores europeus quando aportaram em Aby Ayala tão ferozes como um vulcão, vaticinaram o fim do mundo dos povos originários e se deram mal, porque – mesmo com o massacre que cometeram e com a propaganda triunfalista que fazem até hoje – não foram vitoriosos nem absolutizou a sua visão de fé e mundo. As culturas autóctones foram ressignificadas e os povos indígenas resistiram e resistem ainda, expressando a sua diversidade cultural e suas diferentes formas de se organizar, de lutar, de plantar, de fazer arte e de rezar por toda a America Latina.
Comunidades tradicionais, indígenas, ribeirinhos e quilombolas dão a forma e a anti-forma das práticas de compartilhar e perpetuar saberes em seus territórios. O tempo é outro, a perspectiva é outra. Pena que a sociedade dita pós-moderna não sabe e nem se importa em saber.
Para o mundo capitalista, imagem é tudo. Imagem é quem faz vender mais.
Para um mundo igualitário, o respeito ao outro é a referência. Imagem é imaginação que se sonha e se vive, recriada pela prática da memória, em nome do bem viver.
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