Renée France de Carvalho – Uma Vida de Lutas

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Relatos de ativismo político e resistência à opressão, em especial, e de enfrentamento à ditadura no Brasil são registrados no livro ‘Renée France de Carvalho – Uma Vida de Lutas’, lançado na noite desta segunda-feira (9), no Palácio da Aclamação, em Salvador, com a presença do governador Jaques Wagner, e do secretário de Cultura, Albino Rubim.

A publicação foi viabilizada por meio de parceria entre a Secult e a Fundação Perseu Abramo. O conteúdo também reúne histórias sobre a atuação política de Apolônio de Carvalho, com quem a ativista francesa foi casada durante 62 anos.

“Para mim é motivo de orgulho estar recebendo ela [Renée] para fazer o lançamento oficial deste livro, que também relata a vida de Apolônio, um homem que foi referência na luta contra a discriminação e a injustiça fora daqui, desde a época do nazismo, na Resistência Francesa”, disse o governador.

Entrevista

Se estivesse vivo, Apolônio de Carvalho teria completado 100 anos em fevereiro passado. Renée, que se mudou para o Brasil em 1947 e atualmente se locomove em cadeira de rodas, demonstrou satisfação em ver parte da sua história e de seu marido publicada. “Nunca tinha pensado em escrever um livro na minha vida. Dei uma entrevista a uma professora de história e, quando chegamos ao fim, ela sugeriu que os relatos estivessem num livro. Fiquei muito feliz com o prefácio escrito pelo [ex] presidente Lula e por coincidir com o centenário do meu marido.”

Apolonio participou, desde a década de 30, das principais lutas políticas do Brasil e do Exterior. Sua trajetória foi marcada pela luta das causas sociais, na consolidação de um projeto democrático e socialista para o Brasil. Serviu o Exército Brasileiro, foi voluntário nas Brigadas Internacionais da Guerra Civil Espanhola, combatendo o fascismo entre 1937 e 1939, e, na França, foi coronel da Resistência na luta contra o nazismo na 2ª Guerra Mundial.

Nos anos 60, rompeu com o PC brasileiro e ajudou a fundar o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Com a redemocratização, foi um dos primeiros a se filiar ao PT. Faleceu no dia 23 de setembro de 2005, aos 93 anos de idade, vítima de pneumonia.

Fontes: Viomundo e Secult/BA.

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