Nós – do Viola de Bolso e muita gente – que sempre ouvimos Violeta Parra e aprendemos com ela cantar, fortalecíamos as nossas esperanças de uma América Latina melhor e unida. Nós que ouvimos Violeta, lemos Neruda e ainda exercitamos o compartir das coisas boas, ficamos perplexos com a violência e as novas faces do capitalismo.
Nós que mantemos a memória, ficamos felizes em ver a vida de Violeta Parra no cinema, uma boa referência para quem quer saber um pouco mais sobre essa grande artista é o filme “Violeta foi para o céu” (Violeta se fue a los cielos) | Direção Andrés Wood | Chile/Brasil/Argentina | 2011 | Drama biográfico | 110 min. | Distribuição Imovision. O filme apresenta um retrato de Violeta Parra, da infância humilde ao reconhecimento internacional, passando pela intensidade de suas contradições internas, falhas e paixões, em uma jornada apaixonante, com personagens que a fizeram sonhar, rir e chorar. Vencedor do Grande Prêmio do Júri Internacional no Sundance Festival/2012.
Violeta Parra pode ser considerada a mãe da canção comprometida com a luta dos oprimidos e explorados, tendo sido autora de páginas inapagáveis, como a canção “Volver a los 17”, que mereceu uma antológica gravação de Milton Nascimento e Mercedes Sosa. Outra de suas canções, “La Carta”, cantada em momentos de enorme comoção revolucionária, nas barricadas e nas ocupações, tem entre os seus versos o que diz “Os famintos pedem pão; chumbo lhes dá a polícia”. Mas suas canções não apenas são marcadas por versos demolidores contra toda a injustiça social. O lirismo dos versos de canções como “Gracias a la vida” (gravada por Elis Regina) embalou o ânimo de gerações de revolucionários latino-americanos .
Fonte: Wikipédia.
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