QUAL É O SEU EDITAL?

Tem pra escolher…..

Nem bem os projetos contemplados na edição passada(junho/julho 2012) dos Editais do Fundo de Cultura da Bahia FCBA da Secult Bahia receberam a primeira parcela do plano de trabalho das atividades e a Secult lança novamente os editais, em meio à discussão sobre a necessidade de reavaliação do formato desses editais e do resultado de consultas públicas feitas pela própria secretaria estadual de cultura, em que os atores sociais e culturais emitiram diferentes e divergentes opiniões sobre essa política de atuação daquela secretaria do governo estadual. A propaganda sobre a intenção de tornar o mais transparente possível tais processos contrasta com os resultados dos editais do semestre passado, em que foi possível perceber uma concentração de recursos – em todas as áreas e linguagens artísticas, sem exceção – para instituições da capital e do recôncavo baiano, sobretudo privilegiando entidades que ‘dialogam’ há mais tempo nos gabinetes da Secult Bahia e adotam o know how  repassado pelo órgão. A novidade para os novos Editais que saíram no começo de dezembro é a inscrição on line, com um rol de anexos que foi feito somente para dificultar o acesso aos recursos e desestimular novas criações. Lá no meio dos artigos dos editais tem um em que órgão se exime de qualquer erro no processamento e anexação dos documentos, seja por demora do sistema on line, seja por algum anexo fora do contexto.

Junte-se a isso, certa desconfiança e o claro desmantelo feito pela Secult do modelo de intervenção territorial, que ia bem com as representações territoriais de cultura, mas que foi substituído pela big macroterritorialidade, distanciando o diálogo e filtrando os contatos entre os segmentos culturais com a Secretaria. Com cada representante macroterritorial que cruzamos, que conversamos, todos emitem um desacordo e insatisfação com as medidas burocráticas.

Só ouvimos o burburinho, diante do abismo que se alargou com o concurso de REDA para a substituição dos representantes territoriais, em detrimento daqueles servidores estaduais da cultura que atuou nestes últimos anos ajudando na construção de caminhos mais abertos para novos projetos culturais. Por isso a ideia de dinamização dos projetos cai por terra e instala-se um deus nos acuda de entidades e artistas para acessar aos editais em tempo hábil, organizar heroicamente a documentação e de forma que satisfaça ou caia na graça das comissões seletivas.

Mesmo com essa crítica direta, vamos participar dos editais apresentando projetos, reinventando caminhos que ajudem a convencer as ‘comissões de filtragem’ de projetos  buscando desvencilhar as exigências exógenas dos editais e seus anexos, tentando garantir que recursos cheguem até o interior e ajudem a consolidar trabalhos sérios e que necessitam desse apoio. Sem esse recurso não podemos realizar muita coisa.

 

Busque  o seu edital e veja qual a parte que te cabe nesse latiFUNDO.


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