Pontos de Cultura BA: Cinco anos depois

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Pontos de Cultura da Bahia: Cinco anos depois do edital

Cinco anos depois do primeiro edital(edital foi lançado em 2008) que previa ações dos pontos de cultura da Bahia para três anos, o projeto já completa cinco anos e a SecultBa se esbarra em processos burocráticos, falta de pessoal para acelerar as análises dos projetos em execução, incertezas de continuidade do programa e aparente descaso com o Programa Cultura Viva,  programa que deu origem aos Pontos de Cultura e que tramita no Congresso nacional para se transformar em Lei, ganhando assim status de política cultural do estado brasileiro. Ao longo desses anos a SecultBa se limitou apenas em acompanhar deficitariamente a situação dos projetos em execução, não conseguiu animar a articulação em rede, nem convencer a instalação dos novos 50 projetos de Pontos de cultura previstos para a Bahia. Apenas se limitou a apoiar a reunião da Comissão executiva do Fórum dos Pontos de Cultura, mantendo um controle político do que poderia ser um forte movimento cultural em todo o estado, mas não tem sido.

Os Pontos de cultura da Bahia se tornaram apáticos, um emblema bonito, mas que não logrou vitalidade, diante da riquíssima diversidade cultural em todos os territórios de identidades da Bahia e não pautou um movimento autônomo comunitário, que fizesse valer os princípios do programa cultura viva, de intensidade poética, de encantamento do mundo e de autonomia política cultural, tão necessários no contexto brasileiro.

As instituições que assumiram os projetos dos Pontos de Cultura na Bahia não se reconheceram como um movimento próprio e dinâmico, em que a articulação por redes via internet e por intercâmbios práticos entre os saberes e as diferentes experiências comunitárias, fossem o chão que produziria e fortaleceria os pressupostos lançados nas Teias celebrativas e afirmativas das ações políticas culturais que representa a luta dos Pontos de Cultura no Brasil.

Os Pontos de cultura na Bahia são cada um por si, uma ilha. São frágeis politicamente e não se articulam nem intercambiam experiências. Mas há exceções claro, em que alguns Pontos de cultura exercem ações conjuntas, que em linhas gerais se articulam a partir de demandas que vão além do que cada ponto planificou em seus Planos de trabalhos, quando foram aprovados os seus projetos junto à SecultBahia.

A coordenação do Fórum dos Pontos de Cultura na Bahia há anos mantém um esforço tremendo para oxigenar o movimento e mal consegue reunir os representantes do coletivo de 26 membros(G26) que faz a interlocução com os Pontos de cultura, com a coordenação executiva do Fórum(G8) e com a SecultBahia. Entre movimentos de fluxo e paralisação, a fragilidade é evidente, já que a comissão executiva(o G8) de oito pessoas quando se reúne, necessita que a SecultBahia apoie financeiramente as reuniões.

Neste momento a comissão está preparando juntamente com a Coordenação de cidadania cultural da SecultBahia, a realização da TEIA Bahia, um grande encontro celebrativo e de discussão sobre os Pontos de Cultura. Quem sabe este encontro possa mudar esse quadro, trazer novo ânimo e esperanças renovadas aos Pontos de Cultura.

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