
Ventanias e Cataventos
Pensar a cidade. Este é o novo desafio que os ativistas do Viola de Bolso se propõem a enfrentar a partir de 2014, um ano recheado de simbolismos para o país: ano de eleições gerais, de copa do mundo, de reflexão sobre os 50 anos do golpe de 1964 e a celebração das lutas de resistência contra a ditadura civil militar. As cidades, devoradas pelas máquinas do apartheid social e os cidadãos entre o assombro e o medo, entre a perplexidade e o fetiche do consumo, entre o público e o privado, entre a luta emancipatória e a subalternidade. Palavras como amor, infância, memória, brincadeiras de rua, praças de encontros, rios e cachoeiras somem do nosso cotidiano e do vocabulário. Pensar e intervir na cidade, uma vez que é impossível ficar neutro no caos urbano, por isso é fundamento perder-se em meio à cidade para encontrar caminhos. Institivamente esta é chave para o trabalho de intervenção urbana que o grupo está propondo neste ano.
Como você vê a sua cidade?
A cidade é de quem? Foi feita para quem? Como você anda na cidade?
Escolas, ruas, jardins, parques, calçadas existem para quê?
O que aprendem e tem ensinado os filhos das cidades?
Que memória tem guardada, que cultura exercita diariamente?
E como compartilha os anseios e as esperanças por um mundo melhor, uma cidade melhor, uma vida pautada no bem viver?
Estas são as provocações que o Viola de Bolso traz para a comunidade que vem para a aula inaugural no domingo, 16 de março. Lançando no ar, cantigas de ventanias e de cataventos.
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