Memória e solidão
A solidão tinha cem anos para Gabriel Garcia Marquez, o Gabo.
Muitos séculos de opressão e domínio colonial fazia da América Latina o território solitário da esperança, na América. Acima do equador o capitalismo condenava o futuro ao nada. O colombiano nascido em Aracataca sabia disso.
A literatura de Gabriel Garcia Marquez encantava o mundo e mostrava uma América Latina entre o sonho e o cotidiano dos seus personagens, entre a mais cruel das realidades ao realismo fantástico. Os espelhos se estilhaçam, as florestas silenciam, os rios correm mais lentos e as estrelas se assombram com a noticia da morte de Gabo. O seu coração parou de bater mas os seus livros pululam nas estantes, despertando os outros livros, seus autores, poetas e ativistas culturais no continente.
Nosso pesar pela morte do construtor de palavras e de histórias.
Dizem que ele padecia da perda de memória. Ele, o mensageiro de tantas memórias, a estimular o mundo e aos jovens em especial a reconhecer que a memória é nosso maior patrimônio.


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