Teia Bahia

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QUEM É PONTO DE CULTURA E QUEM É DO MOVIMENTO PONTO DE CULTURA?

Às vésperas de realização da TEIA Bahia, que conflui e se confunde com o Encontro estadual dos Pontos de Cultura(o III Forum), o que mais desejamos é refletir e compartilhar esperanças nesse movimento da diversidade e da riqueza das culturas na Bahia. O evento acontece na capital baiana entre os dias 08 a 10 de maio/14.

Em que pese a boniteza e a alegria do encontro, o evento acontece em meio aos trancos e barrancos, depois de vários adiamentos, inúmeras sonegações de informação por parte da Secult Bahia à Comissão executiva dos Pontos de Cultura e centralização do processo de articulação e construção do evento. Sem falar na dificuldade do grupo dos Pontos de Cultura(o G26) em pautar as suas demandas, mobilizar e saber das condições reais – econômicas e de logística – em que o evento se realiza.

O Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia é uma construção de mais de cinco anos de caminhada, às vezes entendido como um movimento cultural de empoderamento das comunidades culturais; às vezes traduzido apenas como porta voz dos projetos financeiros vinculados à Secult Bahia ou muitas vezes visto por setores reacionários, como um segmento privilegiado no âmbito das políticas públicas para a cultura. Independentemente dos olhares, da tradução ou dos entendimentos, chegamos ao 3º Encontro – chamado Fórum  estadual dos Pontos de Cultura com a necessidade de melhor definirmos o movimento, a nossa relação com o estado(no caso com a Secult Bahia) e o nosso futuro diante das políticas culturais que se avizinham – que é a municipalização das políticas culturais. (atente-se que na municipalização das políticas culturais, o embate se dá muito mais frequente e vulnerável à politicagem dos reacionários e do jogo dos interesses locais).

Quanto ao Fórum dos Pontos de cultura, é preciso cristalizar entendimentos, se somos de fato um movimento político-cultural que se pretende ser ouvido e ter plena participação nas ações de construção social através das culturas; Ou ao contrário, se somos da opinião de que não é necessário nada disso e seguimos tocando os nossos projetos, sendo três anos pontos de cultura vinculados ao governo(em decorrência da assinatura do convênio), e depois apenas sendo a instituição que representamos juridicamente, continuando concorrendo aos editais que forem surgindo, aprovando ou não, projetos culturais, barganhando daqui e dali uma ajudazinha para o trabalho pela cultura que realizamos(viagem, passagens, diárias, etc) patrocinados pelo governo.

Podemos claro, afirmar – independente de projetos financeiros junto à Secult Bahia, por exemplo – que somos pontos de cultura e sempre seremos.

 E dizer isso requer mais ainda afirmarmo-nos enquanto um movimento vivo, pulsante, para fazer valer a nossa voz, a voz das comunidades culturais, a voz da cultura viva.

 

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