
Mais Cultura nas Escolas
Faz alguns anos que o Ponto de Cultura do Viola de Bolso recebe turmas de estudantes das escolas municipais, estaduais e até escolas particulares, como troca de experiencia, de encontro e de conhecimento. Em geral são jovens ou crianças que não tem acesso a espaços de cultura, teatro ou cinema e que vivenciam as dificuldades do aprendizado escolar, apesar de ter em suas vidas um cotidiano e prática cultural próprios de seus locais. Ou seja: ouvem músicas advinda da comunicação de massa, das rádios ou dos sons automotivos que passam pelas ruas; assistem a filmes através da TV; conhecem em seus locais uma benzendeira, um terreiro de candomblé ou igrejas cristãs, sabem que existe os grupos de folias de reis, mas desconhecem a sua origem e nã nutre interesse em pesquisar ou assistir, por um motivo ou outro. Em sua maioria são jovens que tem acesso à rede de internet via Lan house, muito mais para jogos de caráter desafiador violento do que para despertar curiosidades, pesquisa ou acumulo de aprendizado e conhecimento.
A escola acaba sendo um espaço confuso, difuso em que o cotidiano do conhecimento e do aprendizado entedia, fica sem sentido e não desperta a curiosidade nem estimula humanidades, infelizmente. As disciplinas aplicadas com racionalidade – apesar da aparente falta de razão -, tendem a afirmar a educação bancária que tanto criticou Paulo Freire e não conectam com as culturas locais, nem a dinâmica das vidas dos meninos e meninas
Por isso a cultura é com certeza uma via de recomposição de humanidades e relações de sinergia, altruísmo e de paz, tão necessários nos dias de hoje As culturas precisam ser vivenciadas nas escolas com intensidade!
E os espaços de cultura tem que ser multiplicados nos bairros, próximos às escolas, seja na cidade ou no campo E por sua vez, os espaços de cultura existentes, merecem a atenção do poder público, dos educadores e das instituições de ensino e de cidadania social.
Por isso também, o Viola de Bolso ao receber estas turmas de estudantes, muitas crianças e jovens em formação, fortalece a sua crença no poder da cultura e da educação, em diálogo permanente para uma nova cidadania, de respeito e superação de preconceitos.
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