
O governo estadual deu inicio ao Programa Escolas Culturais, uma inovação que vai reunir ações culturais e ações educacionais, sob a coordenação da Secult Bahia.
O programa foi instituído através da Portaria nº 115, de 14 de julho de 2016, da Secult Bahia, onde ali explicita e conceitua o projeto, além de criar um Grupo de Trabalho GT para a implementação em 85 unidades escolares do estado nos 27 territórios de identidade.
Segundo a Secult, em um Encontro de ativação do programa na região metropolitana de Salvador,
O Escolas Culturais prevê a dinamização de escolas públicas estaduais por meio do apoio a programações culturais, produzidas e realizadas pelas comunidades locais, em torno do ambiente
escolar. Trata-se de uma ação para promover cultura, arte e educação, de modo interdisciplinar,
qualificando a convivência e ampliando a assistência às comunidades escolares. O objetivo é
reforçar o papel da escola como espaço de educação e do exercício da cidadania, especialmente em comunidades que vivam situações de vulnerabilidade social. Inicialmente, 85 unidades escolares de 73 municípios baianos serão integradas à ação, tendo sido selecionadas por serem parte do programa Educação em Tempo Integral, da SEC, ou por se localizarem em regiões com altos indices de violência ou prioritárias do programa Pacto pela Vida (SJDHDS), ou ainda em municípios com menos de 20 mil habitantes.
Para ser posto em prática, o programa prevê a formação de Núcleos de Arte e Cultura em cada escola participante, formados por um professor-coordenador, estudantes líderes de classe e representantes territoriais de cultura.
A questão que o Viola de Bolso coloca é como as escolas vãos encaminhar a organização do Núcleo de Artes e Cultura – NAR local, dada a falta de experiência da maioria dos professores em lidar com projetos culturais e com a diversidade de opiniões dos setores de cultura, além do desafio de se pensar na programação das ações que deverão ser planejadas.
Mesmo assim consideramos um passo importante na garantia de políticas públicas de cultura que alie cultura educação e cidadania.
Falta ainda à Secult Bahia, articular os diversos representantes das escolas contempladas nos demais territórios, para não deixar por conta de cada unidade escolar. Um trabalho de formação básica será fundamental, a fim de não se ter mais um fracasso como tem se dado com as avaliações do programa Mais Cultura nas Escolas, dirigido pelo Minc/MEC.
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