Desde que a pandemia ganhou essa aparente calma e começamos a aventurar nossos corpos pela rua, no cinema, no parque, nas baladas, no shopping ou na igreja, a vida parece seguir normal, não fosse o atenuante caos social e econômico que se abateu contra os mais desprovidos de renda e de trabalho, causado pelo desgoverno do fascista no governo central, que desmantelou as políticas públicas e elegeu a tríade de sua família para o Brasil: crime, ódio e mentiras como sua plataforma de ação.

Assim, o que parece ser consequência de um vírus letal, tem sido na verdade, fruto estéril e híbrido da árvore clone de um governo nazi-fascista.

A cultura e suas cadeias produtivas tem sofrido tanto quanto os mais necessitados, no flagelo da espera e na insistência em continuar vivendo, resistindo e lutando, buscando reconstruir planos, espaços culturais, projetos de artes, modos de viver das artes e dos trabalhos à elas relacionadas.

No Viola de Bolso, estamos sentido o peso de não ter apoio institucional nenhum, de não ter o trabalho reconhecido e as dificuldades decorrente dessa indiferença seja de setores ligados aos órgãos do poder local, seja dos setores da esquerda tradicional(esfacelada por um problema histórico estrutural de sua política limitada).

A tarefa de agora é construir autonomia e um projeto cultural autossustentável, com os vínculos que sempre acreditamos, que são: produção cultural coletiva, economia da reciprocidade, ação griô na transmissão dos saberes, cultura viva comunitária, ampla e potente articulação entre os sujeitos sociais, jovens da periferia, comunidades quilombolas, ribeirinhos, vazanteiros, conselhos da infância, coletivos LGBTQI+, Povos de Terreiros, povos originários, parceiros das universidades, artistas de rua, grupos de assentamentos campesinos, urbanos e muitos companheiros espalhados pelas lutas que fazem diariamente.

Assim a gente vai se fortalecendo, se virando e acreditando em dias melhores.

Mas não tá fácil não….

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