AQUILOMBAR: A voz coletiva do movimento negro
Palavras, tambores e memória.
Denúncias, luta antirracista, afirmação.*
Pautas estruturantes,
demandas políticas, poética culturais, educacionais e de respeito à diversidade.
Essas são palavras que denotam um movimento permanente de enfrentamento ao racismo, de respostas ao preconceito e de afirmação de pautas para além da ideia de inclusão do jovem negro em mercado de trabalho por exemplo ou, simplesmente, acesso a cargos em espaços de poderes constituídos pelo sistema capitalista.
A luta antirracista e de afirmação do lugar dos negros ou dos ‘africanos no brasil’, passa por mudanças na estrutura educacional e da sociedade como um todo – apenas pra citar dois lugares de permanente tensão-, quando o assunto é a superação do colonialismo e do racismo estrutural.
Mas o protagonismo do povo preto é a rima, a substância e a essência dessas mudanças.
Pro caso de Eunápolis, existe um terreno fértil para um movimento negro organizar-se, este que ainda é ‘movimento espontâneo e conjuntural’,
que requer organicidade e planejamento,
que anseia por reconhecimento, do ponto de vista da visibilidade,
da garantia de direitos no campo municipal,
da repercussão positiva em instituições de ensino locais e de sua afirmação,
estruturada em posicionamentos políticos visíveis que resultem em garantias de futuro.
Se fosse falar direto e preciso sobre a existência(ou não) de um movimento negro em Eunápolis, identificado e com célula organizativa, a resposta seria:
– Com esse perfil, em Eunápolis temos somente a capoeiragem e seus diversos grupos, mestres e professores
e os Terreiros de Candomblé.
O movimento Hip Hop ainda é variação que atua/reage de acordo o contexto local(necessita de apoios e referências, diria).
Pessoas e espaços que aglutinam forças, portanto, “Aquilombam-se” no território municipal.
A conclusão é: É preciso aquilombar, para repercutir em voz e em mudanças reais.
O ESPAÇO CULTURAL DO VIOLA DE BOLSO APRESENTA:
AQUILOMBAR: A voz coletiva do movimento negro
PROGRAMAÇÃO

* Dia 19 de novembro/2022, sábado
15h – Oficina sobre o Teatro do Negro.
19h – Performance poética percussiva
19h30 – Projeto Quem tem medo de Poesia, “Palavras são tambores, Tambores são palavras”, do que a poética do negro é feita.
Dia 20 de novembro/2022, domingo
A partir das 9h da manhã – Abertura com performance “Povo, raça Brasil”
* Intercâmbio entre os grupos de Capoeira Andorinha e do grupo Paciência, com o grupo de crianças da Colônia;
* Roda de Capoeira;
* Roda de Conversa sobre educação Inclusiva.
* Distribuição de livros Infantis;
* Inspirações:
Palavras-poesia, para romper o epistemicídio
Tambores, para acordar a sociedade contra o silenciamento secular
memória, para afirmar os saberes tradicionais e as diferentes contribuições na formação do Brasil.
Deixe uma resposta