Todo ano os povos originários do Brasil celebram a chamada “Semana dos povos indígenas”, mês de abril e realiza um grande ato em Brasília, capital federal, chamado de “Acampamento Terra Livre”, com forma de fazer repercutir com força e tocar profundo no coração das pessoas, da sociedade como um todo, das autoridades brasileiras e organismos internacionais, buscando solidariedade e chamar a atenção para questões emblemática, como os conflitos de interesses territoriais.
As organizações indígenas, como a APOINME, Articulação dos povos e organizações indígenas do nordeste, se apresenta como uma importante articulação das lutas indígenas no nordeste brasileiro e no norte do espírito santo(ES).
Dentre os povos que mais repercute lutas e demandas, estão os Pataxó da região do Monte Pascoal, no extremo sul da Bahia. O drama é imenso e as lutas desafiantes a cada dia.
Ao tempo em que o turismo, as escolas, empresas ambientais e até ong’s, ressaltam a beleza do ser Pataxó, as aldeias passam necessidades e enfrentam dia a dia a grilagem, a violência e o terror, causados por pistoleiros, bandidos a mando dos fazendeiros, conivência da polícia militar baiana, gente do judiciário, da imprensa covarde e vendida, todos financiados e orquestrados pelo dinheiro do agronegócio, desde a pequena e sórdida radiozinha de Itamaraju, até canais de TV como a bandeirantes/BAND(herdeira de um nome de assassinos de indígenas).
Por isso é impossível realizar qualquer celebração ou ato que fale dos povos originários nessa região, sem deixar de citar, frisar com veemência, a violência praticada contra os Pataxó.
A semana dos povos indígenas na Bahia, sobretudo no extremo sul, tem que ser, deve ser a oportunidade de denúncia e de busca por justiça, em favor dos Pataxó.
Para o judiciário, é a oportunidade de reparar erros, ausências, interregnos e acabar de vez com esse ‘bate cabeça’, essa disputa judicial provocada por si próprios, em detrimento dos direitos dos povos indigenas, que, legitimamente exige o retorno ao seus territórios, secularmente esbulhado, pilhado e leiloado para gente ruins, sugadores de vidas alheias.
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